Circuito Italiano de Colombo, PR
Circuito Italiano de Colombo
O Paraná é um dos Estados com maior diversidade étnica do Brasil. A partir de 1850 os alemães, chineses, espanhóis, italianos, japoneses, poloneses, ucranianos e muitos outros povos, num total de 28 etnias, começaram a chegar. Entre 1853 e 1886 foram recebidos 20 mil imigrantes, que formaram colônias pelo Paraná. Pretendo mostrar essa influência na formação da população do Estado, abordando a culinária, seus costumes e tradições.
Vou começar mostrando a colônia da Itália. A maior comunidade italiana do Paraná, inicialmente chamada de Colônia Alfredo Chaves, passou a chamar-se Colombo em 1890 e tem aproximadamente 60.000 integrantes. Os italianos chegaram em 1878, dividindo-se em 2 grupos, um foi para Santa Felicidade e outro instalou-se em Colombo. Eles falam o dialeto vêneto brasileiro (talian).
O Circuito Italiano de Turismo Rural
Também conhecido como Circuito Italiano de Colombo, completou 10 anos em fevereiro e resolvi fazê-lo por gostar desse tipo de passeio, aproveitando para divulgar. Ele foi criado com o objetivo de resgatar a história, os costumes, valorizar seus recursos e gerar renda. São mais de 50 pontos turísticos, que oferecem aos visitantes a oportunidade de conhecer locais interessantes deixados pelos imigrantes italianos, que contemplam o folclore, a religiosidade, a culinária típica, a arquitetura e os costumes.
Os pontos turísticos do Circuito Italiano de Colombo
Localizado no Parque da Uva, o Museu Cristóforo Colombo é uma réplica da Societá Italiana de Mutuo Socorso Cristóforo Colombo.
Aqui fomos acompanhados por um guia local, que nos falou dos costumes da colônia. Nesse local eram ministradas aulas em italiano, o médico realizava consultas e também era ponto de encontro dos imigrantes.
A Casa Eugênio Mottin (Memorial Italiano) foi construída em 1922 e relocada para o bosque. Possui pequeno acervo de utensílios, roupas e móveis dos imigrantes.
Colombo e S. José dos Pinhais são os 2 maiores produtores de hortaliças do Paraná, sendo Colombo o maior produtor de couve-flor do Brasil.
O pesque-pague Gasparin & Filhos tem lagos com tilápias, carpas e outros peixes. Tem ainda um colhe-pague com horta orgânica, onde comprei legumes para fazer o ratatouille, publicado aqui.
Vitivinicultura de Colombo
A vitivinicultura colombense é parte do sistema produtivo de mais de 50 famílias de agricultores. O cultivo da uva terci é o mais difundido por suas características rústicas de cultivo.
Visitamos um parreiral com uva Isabel, uma vez que a uva terci já havia sido colhida.
Associada ao cultivo da uva está a produção de vinho, que é comercializada nas festas municipais e principalmente nas propriedades rurais, onde é produzido, integrando as vinícolas ao Circuito. A família Rausis, da França e a família Ceccon, da Itália, produzem vinhos e espumantes.
Na Vinícola Dirceu Cavalli são produzidos artesanalmente os vinhos branco, rosado e tinto.
A religiosidade italiana
A Igreja N. Sra. do Rosário é uma réplica da Igreja de Vicenza, no norte da Itália, construída em 1899. Em Colombo existem muitas igrejas, mostra da religiosidade da colônia.
Restaurante Rural Bosque Italiano
Almoçamos no Restaurante Rural Bosque Italiano, cujo chef é o Sr. Melo.
Você escolhe o ponto da carne, como em qualquer outro restaurante, mas o detalhe é que o ponto é dado no ferro de passar roupa.
Fontes:
AgoraParaná
Associação Italiana
22 Comentários
Áurea Neves
Que lindas! 💓😘
Gina
@aureaneves_healthylife E o interior é mantido com mobiliário da época.
Dona Annita
Lindas!😍😍
Gina
@dona_annita Um encanto essas casinhas com lambrequins!
josimara dos santos
Olá, sou professora da escola Atuação e gostaria muito de realizar o circuito italiano com minha turmas. Como posso fazê-lo? Preciso agendar o dia ou posso ir direto?
desde já agradeço
Josimara
Gina
Oi, Josimara.
Você pode agendar as visitas através do Posto de Informações Turísticas, pelo telefone (41) 3656-6639. Achei bem interessante e os guias darão as informações culturais para enriquecer o passeio. Vale a pena fazer!
Um abraço.
maria Luiza Monteiro
Olá Gina.
Que passeio maravilhoso! qualquer pessoa pode conhecer essas comunidades?
Vou acompanhar as outras postagens prometidas.
Beijos
Maria Luiza (lulú)
Flora Maria
Descobri hoje essa deliciosa postagem ! Adoro esses passeios cheios de história, culinária e belezas naturais.
Beijo
Gina
"Anônimo", baseei-me num folheto do circuito italiano para colocar o nome da vinícola. Agradeço pela informação e já corrigi no post.
Gostei bastante desse passeio.
Um abraço.
Anonymous
Que bom q vc mostrou nossos pontows turistios aqui da nossa cidade.
viu so corrija uma coisa:
a foto da vinicola cavali ali em cima nao é vinicola odilon cavali mais sim vinicula dirceu cavali ouve uma confusao entre suas fotos hehehe.
so arrume. VINICULA DIRCEU CAVALI hehe eu sei q ta errado pois moro no lado hehe
Abraços
Gina
Diego, fiquei feliz por ter gostado da divulgação. Vou entrar em contato com a Denise para combinarmos como enviarei pra você.
Obrigada pela apresentação do grupo!
Bjs.
Diego
Olá,
Agradecemos a divulgação do Gruppo Luce dell’Anima e gostaria de saber como podemos conseguir este vídeo.
Abraços e parabéns!
Gina
Alcina, realmente o Brasil goza dessa fama de receber bem a todos e convivemos em harmonia.
Rute,obrigada pela visita! Olhe, o Brasil é tão grande e tem tanta diversidade que você não pode imaginar. Temos várias cidades históricas. Seu comentário só me anima a mostrar ainda mais o nosso país.
Não esqueci do Dia Verde, o post está pronto.
Beijos!
RUTE
Gina,
desconhecia completamente a existência deste circuito no Brasil. Obrigada por informar sobre esta maravilha do turismo rural do Paraná.
Nunca fui ao Brasil porque pensava que o Brasil era só praia e muito sol. Belas praias sem dúvida mas eu gosto de países com história. Tal como Itália que já visitei 2 vezes. Uma dessas vezes fiz um circuito de norte a sul de Itália.
Sou apaixonada por romanos e gregos. Civilizações tão evoluídas, cultas e que ainda hoje tem tanto a nos ensinar.
Vou guardar seus textos sobre este circuito de turismo rural. Suspeito que um dia vai-me ser muito útil.
No dia em que eu ganhar coragem para fazer uma viagem de 6 horas de avião. É a parte que mais me vai custar! Quando fui a Cabo Verde achei demais 4 horas. O que fará 6 ou 8 horas!!
Beijinhos e obrigada pelos seus comentários. Não comentei antes no seu blog porque queria comentar bastante e tou “no lodo” de trabalho, como falam os brasileiro!
Se prepara para o dia verde. Não esqueça!!
Alcina
Já li em algum sitio que o Brasil é o pais do mundo onde convivem de forma pacifica o maior numero de raças e culturas diferentes.
Esse é um dos motivos do meu fascinio por esse país e também por isso a minha demora a ir, por ter dificuldade em escolher a zona para ir hehehe
Gostei desta sua apresentação dessa zona que desconhecia 🙂
bjinhos
Gina
Angela, já que gostou, veja o próximo, com receita e tudo.
Ameixa, eu também acho. Os países tem muitas curiosidades, cultura própria, mas dá pra conviver com a diversidade e aprender muito uns com os outros.
Você é incrível, já chamou a atenção a laranjinha com a
bandeira portuguesa!
Odete,já fiz alguns posts falando de Curitiba, mostrando lugares como o Jardim Botânico e o Mercado Municipal. Aguarde que haverá mais.
Que bom ter tocado seu coração. Quando se está longe, a nostalgia aparece. Quem sabe na sua próxima vinda ao Paraná a gente se conheça.
Bjs a todas!
Odete
Ai que a nostalgia bateu forte no meu coracao paranaense. Gostaria tanto levar meu marido a um passeio/evento destes. Quem sabe um dia ainda da certo. Acho que ele ia adorar.
Lindo post Gina, thanks!
bjs
ameixa seca
Eu acho essa miscigenação de culturas e povos, simplesmente fantástica 🙂 E tem uma laranjinha portuguesa pelo meio he he
angela
Gina, que legal vc nos mostrar heranças dos italianos, deve ter sido um lindo passeio. beijos
Gina
Ana, esse passeio é bem legal. Tivemos sorte de pegar uma guia muito engraçada, descendente de italianos também. Tem alguns lugares e passeios que vocês precisam conhecer.
Nana, você tem razão, pode ser curioso, mas à primeira vista não causa uma impressão das melhores. Se a gente for pensar bem, na verdade, qualquer utensílio por eles utilizados precisa ser higienizado, o ferro, a chapa, os talheres, os pratos…
Beijos, meninas!
Nana
hahahaha amiga adorei o ferro de passar roupa na carne!
Ai, se um chef cheio de frique frique vê isso hahaha
bjs
Eu Mulher
Gina querida, agora você me fez lembrar a Serra Gaúcha que eu tanto gosto… Próxima vez que formos a Curitiba conheceremos com mais profundida esse lado Italiano.
Beijos