Ano Novo e Natal,  Doces,  Etnias

Kutiá e Feliz Natal… na Rússia!

Kutiá – Natal e Ano Novo na Rússia

Assisti a uma palestra sobre as festas na Rússia e suas tradições.
A professora Elvira nos contou que o Natal na Rússia se comemora em 7 de janeiro. A Igreja Ortodoxa continua adotando o calendário juliano e não o gregoriano.
Motivada pela simpatia da professora russa, que nos contava as curiosidades e ria bastante, fui registrando tudo.

A festa mais importante é o Ano Novo. As crianças ganhavam uma maçã, três mexericas e um pacote de chocolates, artigos raros. Atualmente, recebem outros presentes.
Ao longo dos séculos, o ano novo foi comemorado em datas diferentes, mas o imperador Pedro I estabeleceu um decreto em 1699, onde determinava que a partir de 1700 a mudança de ano seria comemorada em 1° de janeiro.

Decreto

”O Ano Novo na Rússia cada qual considera diferente. Desta data em diante, ordeno parar de confundir as cabeças das pessoas e em todos os lugares contar o Ano Novo a partir de 1° de janeiro. E, como sinal de um bom começo e de alegria, ordeno desejar um Feliz Ano Novo um ao outro, bem como sucesso nos negócios e paz na família. Em homenagem ao Ano Novo, ordeno enfeitar com pinheiros, diversão para as crianças, descer as montanhas de gelo em trenós. Os adultos não devem beber até cair, nem brigar até sair sangue, pois há outros dias para isso.”

Kutiá

1/2 kg de trigo em grão
Mel a gosto
50 g de uvas passas
50 g de semente de papoulas
Nozes moídas

Preparo

Coloque os grãos de trigo de molho por 2 horas, pelo menos (ou de véspera). Ponha em panela de pressão com bastante água e leve a cozinhar até amolecer, escorra e depois de fria acrescente mel a gosto, sementes de papoula, passas e nozes moídas.
Não achei semente de papoula.
Se você gosta desses ingredientes, vai gostar do resultado. Agrada-me muito o mel em bolos, pãozinho e outros preparados assados.
A receita veio de uma descendente de poloneses e alemães, a Suzete, que é casada com descendente de ucranianos. Esse prato também é servido nas ceias polonesas e ucranianas.
Fiz uma porção bem pequena.
O Kutiá é um dos 12 pratos servidos na ceia, como entrada.

Veja, também, pierogi de ricota e batata.

Camomila

A Matricaria recutita é a flor-símbolo da Rússia. É natural da Europa, norte da Ásia e África.

Compartilhar:

18 Comentários

  • Gina

    Nilce, como você acompanha meu blog há pouco tempo, não sabia que gosto de curiosidades culturais e estou sempre publicando.Vou lá conferir.Noémia, é verdade, dá-lhe vodka! Com o frio que faz lá… Na verdade, havia uma luta tradicional entre eles, onde se enfrentavam de modo bem sangrento, conforme informação da professora russa.Angela, bem simples de fazer.Já conferi as massas e as maçãs…Rute, você sabe como aprecio tudo isso e já estou programando outros, apesar do trabalho que dá.Flora, pretendo falar sobre outras etnias, como a alemã, também muito presente na cidade.Também pensava que eram os girassóis, mas as pesquisas me mostraram que estava errada. A Rússia é o maior produtor de girassol. Beijos a todas e bom domingo!

  • Flora Maria

    Adorei conhecer essas histórias russas ! As diferenças culturais são fascinantes e fazem o mundo mais interessante, sem as mesmices da globalização. Sua cidade é rica em tradições de vários povos e isso é encantador !Essa receita deve ser bem gostosa, mesmo sem as sementes de papoula.Pensei que a flor-símbolo da Rússia fossem os girassóis…Beijo

  • RUTE

    Adoro estes posts informativos.Obrigada por compartilhar connosco tudo isso. É tão bom poder alargar horizontes por aqui. Culinária é um mundo de culturas, temos mesmo que estabelecer a ponte este o prato e a imensidão que nos rodeia. E isso vc faz com mestria!Mais um post magnifico, Gina.Beijinhos.Rute

  • Noémia

    Gina, espero que tenha tido boas festas e desejo-lhe um óptimo 2011.Acho engraçado esse costume dos povos do norte, russos, ucranianos, bielorussos, etc,de nos dias de festa servirem de sete pratos para cima! Regados com muita vodka claro!Deve ter sido por isso que Pedro, o Grande, decretou que nesse dia não deviam beber até cair para o lado, ehehehehe!

  • Nilce

    Acho que por aqui só eu comeria também.Que interessante a história da data do Ano Novo, não sabia. NacoZinha também é cultura.Gina queria te convidar para comemorar comigo o aniversário de 1º aninho do meu blog.Bjs no coração!Nilce

  • Gina

    Fla, gosto de mostrar essas diferenças culturais. Acho muito interessante.Um 2011 de muita paz pra você também!Tatiane, já tinha usado o trigo em grão na pastiera di grano. Muito gostosa, por sinal!Disse-me um vendedor que as sementes de papoula, apesar de liberadas, sofrem uma burocracia tão grande, que deixaram de comercializar.Léia, essa receita é bem do seu jeito.Oi, Lulu! Também aprecio as tradições culturais.Bete, passear pelos blogs nos dá essa oportunidade de conhecer muita coisa diferente, não é mesmo?Norma, poderia ter apenas falado das tradições, mas os ingredientes me atraíram e ajudam a deixar minha opinião sobre a receita.Ameixa, há quem diga que esse prato, inicialmente servido como entrada, hoje em dia seja sobremesa mesmo. Na dúvida, deixei como pesquisei na maioria das fontes.Beijos a todas!

  • Betechef

    Oi, Gina adorei a postagem e conhecer um pouco da história do Ano Novo na Rússia. Esse prato deve ter ficado muito saboroso, vou copiar e fazer para experimentar.Bjs é sempre bom aprender coisas novas.!

  • tatiane

    Nunca usei trigo em grão num prato doce, parece muito saboroso, sei que em casa só eu comerei.Sobre as papoulas, pelo que sei, a comercialização está liberada, porém, a produção é proibida, e por conta disso, muitas empresas desistiram de vender.beijos

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *