Gelatina caipirinha
Para quem aprecia bebidas alcoólicas, essa gelatina caipirinha é inusitada!
Gelatina caipirinha
1 envelope de gelatina em pó sem sabor (12 g)
1 lata de Leite condensado
2 colheres (sopa) de suco de limão (coloquei 4)
5 colheres (sopa) de pinga
1 colher (sopa) de raspas da casca de limão
Preparo
Dissolva a gelatina em seis colheres (sopa) de água fria, em banho-maria ou no micro-ondas por 15 segundos. Em uma panela, misture bem o leite condensado com o suco de limão, a pinga, a gelatina dissolvida e cozinhe em banho-maria por cerca de 20 minutos, sem mexer. Despeje em um recipiente refratário (20 x 30 cm – usei quadrado de 20 cm) molhado e leve à geladeira por cerca de 4 horas ou até ficar firme. Retire da geladeira, corte em quadrados e espere ficar em temperatura ambiente. No momento de servir, polvilhe as raspas de limão.
Sem dúvida, a gelatina caipirinha é surpreendente.
Receita Nestlé
Dicas de quem criou a receita
– Se desejar, polvilhe açúcar também no momento de servir.
– O cozimento do leite condensado com a pinga em banho-maria durante o tempo indicado garante a evaporação do álcool da bebida, ficando apenas o sabor e o aroma dessa bebida tão brasileira.
Opinião pessoal: Apesar de ter seguido a receita tal qual indicada e de ter usado uma cachaça de qualidade, achei forte o sabor. Para quem gosta, achei uma sugestão bem diferente. Gelatina caipirinha é para quem tem paladar acostumado às bebidas alcoólicas.
A tradicional caipirinha é feita com cachaça, limão e açúcar, todo mundo sabe.
Existem no Brasil mais de 5000 marcas de cachaça. Só nessa loja são aproximadamente 200.
Não estou fazendo propaganda de cachaça. Bebida alcoólica pra mim só vinho (raramente) ou quando usados em pratos que vão ao fogo e evaporam. Essa da foto escolhi pelo nome e embalagem. Pedi para fotografar porque conheço o pessoal da loja.
Cachaça
De acordo com o Museu do Homem do Nordeste, no Brasil, para se ter melado, os escravos colocavam o caldo da cana-de-açúcar num tacho e levavam ao fogo. Não podiam parar de mexer até que ficar cremoso. Um dia, cansados de tanto mexer, os escravos pararam e o melado desandou! A saída encontrada foi guardar o melado longe das vistas do feitor. No dia seguinte, encontraram o melado azedo. Misturaram o melado com um novo e levaram ao fogo. O “azedo” do melado antigo era álcool, que foi evaporando, formando no teto do engenho goteiras que pingavam. Era a cachaça já formada que pingava. Daí o nome “PINGA”. Quando a pinga batia nas costas marcadas com as chibatadas, ardia, daí o nome “ÁGUA-ARDENTE”. Caindo nos rostos, escorrendo até a boca, os escravos ficavam alegres e com vontade de dançar. Hoje, a cachaça ou aguardente, é símbolo nacional.
A caipirinha
Não se sabe ao certo a origem do termo caipirinha. Uma das lendas conta que os capitães-do-mato, responsáveis pela manutenção da ordem na senzala, costumavam espremer limão na cachaça porque consideravam-na ruim e agressiva (e com limão ficou mais ainda…). Com a abolição dos escravos, os capitães-do-mato foram para as cidades e levaram o hábito da bebida. As pessoas chegavam ao bar, viam o ex-capitão tomando a sua e pediam uma “igual ao do caipira” ou “caipirinha”.
Outras curiosidades
- Existe no Brasil um Museu da Cachaça, em Lagoa do Carro, a 60 km de Recife, PE. Possui um acervo de mais de 8.000 garrafas, sendo mais de 2.000 só de Minas. Tem bebida com nomes de pessoas, filmes, bichos, santos, temas musicais e por aí afora
- A garapa azeda surgiu entre 1532 e 1548, na capitania de São Vicente, SP.
- A primeira cachaça foi comercializada no Brasil em 1756 e foi um dos itens que mais contribuíram com impostos para a reconstrução de Lisboa, abalada por um grande terremoto em 1755.
- Desde 1922, a Semana de Arte Moderna do Teatro Municipal de São Paulo veio resgatar a brasilidade, através da valorização do samba, da feijoada e da cachaça.
Fontes:
Curitiba Aldente
Mundo Lusíada
Museu da Cachaça
Veja, também, mosaico de gelatina.
17 Comentários
Sandra Bylaardt
Gina: vi no blog Aromas e Sabores esse seu link sobre a cachaça.
Quando fiz faculdade de gastronomia, tivemos de fazer um trabalho final (monografia), ao qual entramos com um pouquinho da história da ‘marvada’. Quem pesquisou no grupo, nos afirmou que isso tudo eram lendas em torno das mesmas. Segundo Camara Cascudo, a cachaça (aguardente) foi feita pelos primeiros colonizadores, que trouxeram a cana de açúcar ao Brasil. Que no engenho da Capitania de São Vicente, descobriu-se o vinho da cana (garapa azeda), que ficava ao relento nos coxos dos animais. Os senhores de engenho passam a servir esse caldo, denominado Cagaça – daí um pulo para o termo cachaça.
O termo aguardente, vem dos gregos, que registraram o processo de obtenção de ácqua ardens – água que pega fogo – água ardente (Al Kuhu).
Enfim, não se preocupe, até nosso professor presente na bancada, ficou boquiaberto em saber isso e muito mais, pois dias atrás ele mesmo havia dado uma palestra contando sobre essas lendas.
E o termo ‘pinga’, surgiu no final do séc. XIX – era a destilação da fervura e evaporação do caldo fermentado, que ‘pingava’ na bica do alambique.
Para alguma coisa serviu minha faculdade, né mesmo!
Bjinhus..
Gina
Menina,
Pesquisei em vários lugares e acreditei mesmo que uma dessas informações, pelo menos, fosse fidedigna. A gente sabe que há lendas e crendices por esse Brasil afora, mas até elas dão um charme à culinária, não é mesmo?
Gina
Neide, achei uma forma bem diferente de usar a cachaç, por isso escolhi essa receita. É gostoso e parece mesmo um recheio de torta aromatizado.
Bjs.
Neide Rigo
Oi, Gina! Parece bom. Deve ficar com gosto de recheio de torta de limão aromatizado com cachaça. Humm..
beijos, N
Gina
Nana, nem me fale em frio, porque aqui é demais.
Obrigada pelos elogios!
Rose e Angela, já fui lá conferir meus selinhos. Obrigada, meninas!
Vivian, apesar de não ser chegada à bebidas, as tradições devem ser valorizadas. É bom aprender, né?
Beijos.
Vivian
que história legal. Nunca havia me interessado em pesquisar a origem da cachaça/pinga, adorei vc ter escrito sobre ela aqui. Agora quero saber mais
bjks
angela
ola, dê uma passadinha no blog,deixei um meme para voce! beijos,
Rose
Oiiies…tem 2 frescurinhas pra você lá no blog…
Bjos!!!
Nana
Amiga, que outono mais friooo rs
Eu tb não sou fã de bebida, mas essa é nossa né, devemos falar sim!
Sua gelatina ficou um espetáculo.
Mil beijosssss
Heloísa
Gina,
Parabéns pela bela pesquisa.
Nunca peço uma caipirinha para mim, mas que aproveito a do meu marido quando ele toma, aproveito. Quando bem feita é uma delícia, mas só para umas bicadinhas.
Beijos
Emília
Adorei a história! Acredita que nunca tomei caipirinha, não sei por quê, mas não tenho vontade de provar!
Adorei a receita, bem original!!
Beijinhos
Alcina
Olá Gina
Adorei este post, gostei muito de conhecer assa história da cachaça, da caipirinha, de ver como o outono é bonito aí enfim e essa gelatina tão original também.
bjinhos
ameixa seca
Isto é cultura, eu adorei saber a história da água ardente 🙂 Não conhecia e acho fantástica. Vou memorizar para contar 😉
Essa gelatina deve ter um sabor super especial!
Gina
Ana, quando a gente não gosta, não tem jeito e nesse caso nem vale a pena esforçar-se para gostar…
Também aprendi bastante com essa pesquisa.
Nela, não dá pra ficar muito tempo longe do blog, que logo sentimos falta, né?
Não gosto de frio, fazer o que? Voltamos à meias, pijamas, edredons, cachecóis…
Angela, obrigada! Volte sempre.
Beijos.
angela
adorei saber de tudo isto! beijos.
Nela
Olá Gina engraçado, aqui está chegando a Primavera, com as suas alergias, já ando com ardor nos olhos e cumichões na cara e nariz, as arvores estão a ficar cheias de flor, é lindo, olhe gostei de sqaber a história da cachaça, é sempre interessante sabermos…tenho andado sem tempo, haver se logo já ponho alguma coisa, beijinhos grandes.
EU MULHER
Gina, gostei da sua pesquisa sobre a cachaça, não sabia que tinha sido assim o seu descobrimento.
Infelizmente ou felizmente odeio pinga, não consigo nem tomar coquetel. Fiquei encantada com essa gelatina de caipirinha. Darei a receita para meu irmão que gosta de uma pinga, rsrsrs.
Mil beijos minha amiga