Divagações

Soul Food (Alimento da Alma)

No filme Soul Food – Alimento da Alma (1997), narrado por Ahmad, um menino de 11 anos conta a história de sua família de Chicago, que se reunia todos os domingos para jantar. Mamma Joe era a matriarca, que conseguia manter unida a família, até sofrer um AVC.

Extraí uma fala de Ahmad, interpretado por Brandon Hammond:

Agora eu entendo o que é a comida negra do sul. Durante a escravidão, os negros não tinham muitas razões para comemorar. Então, cozinhar era como nós expressávamos o amor um pelo outro. Por isso existiam os jantares de domingo. Não era só para comer, mas era uma hora para dividirmos nossas alegrias e tristezas. Algo que os antigos dizem que falta nas famílias de hoje.

Esse almoço teve salada de kani kama com manga, camarão ao creme, entre outros pratos. O cardápio fez parte de um almoço em família.
Nesse dia, estavam presentes 3 gerações, um dia após o casamento da minha filha, aproveitando a oportunidade de matar a saudade dos familiares e ainda comemorando o evento.
Lembro-me dos almoços de domingo na casa de meus pais, muitas vezes repletos de familiares. Bons tempos!
O filme Soul Food – Alimento da alma – remeteu-me às boas lembranças e reflexões…

Aqui era uma parte do grande jardim que havia na casa de meus pais, onde se vê onze horas, costela-de-adão e espada-de-são-jorge em primeiro plano. Tinha pé de louro, muita zínia, margarida, maricá, malva e coléus. Esse era apenas um dos vários canteiros.  Já contei que “herdei” da minha mãe esse amor às plantas, não é?
Fica a dica: assista ao filme Soul Food – Alimento da alma!

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23 Comentários

  • luma rosa

    Tempos atrás corriam comentários malhando as reuniões familiares, fato que ainda lemos na blogosfera principalmente em época natalina, encarando os encontros familiares como “obrigação social”. Tenho pena dessas pessoas. Invariavelmente são pessoas jovens que não querem deixar os amigos em prol da família.
    Gosto do aconchego familiar dos almoços e jantares, Se não posso mais estar com eles, por morar longe, adotei os meus rituais e mesmo que em casa no almoço não dê para reunir todos, é no lanche da tarde que faço questão de reunir a família. A mesa fica posta e quem chegar se aconchega. Final de semana sempre almoçamos ao ar livre, no mesmo esquema dos lanches. Quem chegar se aconchega, principalmente os amigos que depois de um tempo tornam-se tão íntimos quanto um familiar.
    Beijus,

  • Flora Maria

    Muito bons são esses momentos em família e nós aqui em casa sempre fizemos isso. Os primos adoravam estar juntos !

    Depois que casei, almoçava um domingo na casa dos meus pais, e outro na casa da minha sogra. Isso durante muitos e muitos anos.
    Só muito mais tarde foi que passei a fazer almoço de domingo na minha casa.

    Família pequena fica mais fácil de reunir, né ?

    Os momentos de refeições diárias também sempre foram momentos de conversa, pois minha família é muito conversadeira !

    Apesar de vegetariana, gostei de ver a sua mesa !

    E essa flor é lindíssima, e tem lá no Rio, perto de onde minha sogra morou.

    Beijo

    • Gina

      Imagine que minha família é enorme, muito tios e primos. Era muito comum termos mesa cheia aos domingos. Com o passar do tempo, muita gente foi saindo pra morar longe, eu fui uma delas.
      Você manteve a tradição. É bom ter família conversadeira…rs!

  • Lourdes

    Hoje os filhos todos morando longe, também não temos muita oportunidade de reuni-los em volta da mesa grande na casa do sítio. E eu sinto falta disso, e seu post me fez lembrar dos bons momentos de quando toda a família estava presente e esses momentos cada dia estão mais raros, quando um vem o outro não pode vir.

    Um grande beijo e bom final de semana !

  • Marly

    Gina, querida,

    Vi este filme na época do lançamento e mais recentemente na TV paga, amei!
    Vi tanta coisa nesse filme que já pensei em escrever sobre ele, pois é mostrada
    a comida do Sul, o esforço dos negros da geração da avó (há um momento em que
    é mencionado as tantas casas que a avó teve que limpar para poder sustentar a família, e construir a própria casa, né?). Tem também a questão das oportunidades melhores que são dadas às pessoas da nova geração, que nem por isso, se mostram moralmente melhores do que a anterior, ou menos egoísta, rsrs. E o filme é, sobretudo, uma tentativa de mostrar o significado do amor dos que geram uma família, que é algo que se confunde com doação e sacrifício, coisa que a nova geração custa a entender, rsrs.
    A sua mesa está maravilhosa, a comida me deu água na boca! E o jardim também é lindo!

    Um beijo e bom fim de semana!

    • Gina

      Você sempre enriquece o post com suas contribuições. Tão bom descobrir alguém que viu o filme, que é muito interessante, por sinal. Citei apenas aquele trecho, porque realmente me lembrou a casa de meus pais nos almoços de domingo. Sempre cabia mais um!
      Bom final de semana, Marly!

  • ANDRÉA

    GINA,
    AMEI O SEU POST, O SEU RELATO, VC ME FEZ LEMBRAR DA MINHA INFÂNCIA COM ESTE ALMOÇO EM FAMÍLIA CASA CHEIA E AS PLANTAS SÓ BATEU SAUDADE.
    MEUS PAIS TIVERAM 7 FILHOS, E NOS DOMINGOS MINHA MÃE FAZIA MACARRONADA, BATATA FRITA , FRANGO CAIPIRA, MAIONESE E ENFEITAVA COM OVOS EU ACHAVA LINDO, RSRS, E DE SOBREMESA ELA FAZIA UMA TORTA DE MAISENA COM BOLACHA E ENFEITAVA COM AMEIXAS EM CALDA, EU AMAVA O ALMOÇO DE DOMINGO, TODOS REUNIDOS À MESA PARA O BANQUETE, TEMPINHO QUE NÃO VOLTA MAIS.
    APESAR QUE ESTAMOS TODOS VIVOS, MAS MORAMOS CADA UM EM UMA CIDADE, SÓ NOS REUNIMOS NO NATAL.
    A SUA MESA FICOU LINDA, CARDÁPIO DELICIOSO!

    TENHA UM FINAL DE SEMANA ABENÇOADO JUNTO A SUA FAMÍLIA!
    BJS ♥

  • sandra bylaardt

    Taí: gostei desse filme!
    Hoje a gente leva uma vida tão corrida, que é difícil sentar toda a familia na mesa!
    E quando conseguimos, temos mais é que comemorar!
    Agora: mesmo eu não sendo da sua família, Gina, posso me sentar nessa mesa? rsrs..

    Bjinhus, querida, e um ótimo fim de semana!

    • Gina

      Gostei…rs…Pode sim! Acho que, virtualmente, é isso que fazemos diariamente através de nossos blogs. Partilhamos não só as refeições, como as conversas à mesa. Bjs.

  • Bombom

    Muito interessante, a sua introdução! No tempo da escravatura, só os momentos partilhados com a família eram o Oásis, no deserto da sua existência…
    Os momentos de partilha com a família, são sempre momentos altos que nos deixam boas marcas! Fez-me muitas saudades…
    Bjs. Bombom

    • Gina

      Muitas pessoas passam por nossa vida e vão se perdendo pelo caminho, mas os vínculos maiores nunca ficam esquecidos. Quanto maior a família, mais difícil haver reunião. Temos que aproveitar cada encontro.
      Bjs.

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